Alguns de vocês estiveram provavelmente presentes no cef^SL, que teve duas edições, em 2007 e 2008. Organizado pela malta da Universidade de Aveiro, embora tivesse muita colaboração de todos os lados, foi o evento português mais parecido que tínhamos com o SLCC cá em Portugal. Apesar do seu sucesso, a equipa que organizava isto decidiu este ano não o realizar mais.
Para o mundo académico, o cef^SL era a oportunidade para apresentarem os seus relatórios de progresso no que andavam a investigar, assim como conclusões de trabalhos já desenvolvidos. Havendo realmente uma grande comunidade nacional de investigadores em Second Life, era forçoso que estes não fossem obrigados a deslocarem-se lá fora, às várias conferências académicas do género, para poderem continuar a publicar os seus resultados.
A solução? Bom, idealmente, deveria ser uma conferência low cost — que tal, pois, realizá-la apenas no Second Life? Pelo menos não haveria o problema do espaço e dos transportes… nasceu assim o conceito do SLActions.
Mas depois a ideia foi mais longe. Porquê limitar isto ao espaço português? Uma conferência realizada no Second Life pode, efectivamente, ser “realizada” em todo o mundo, não é preciso “definir” que seja apenas “para Portugal e para portugueses”. Basta que a língua oficial seja o inglês que automaticamente a conferência se torna internacional… desde que, claro, seja feita a sua divulgação de forma também internacional.
O passo seguinte foi, no entanto, o mais inovador. Muitas vezes o problema destas conferências online é que perdemos o contacto humano. Outras vezes, os investigadores podem não ter possibilidade de se ligarem ao Second Life, mas gostariam de ouvir mais sobre o assunto — sem computadores nem largura de banda suficiente, perdem a oportunidade de assistirem à conferência “ao vivo” pois só o podem fazer online…
O SLActions então criou um conceito inovador: tem vários locais, espalhados pelo mundo fora (incluindo US, UK, China, Israel, Brasil… e Portugal), de instituições que “apadrinham” o projecto. Qualquer pessoa pode inscrever-se pois num local físico, o que estiver mais próximo de casa. Ao chegar à instituição escolhida, em vez de um auditório com oradores, tem… uma sala para se ligar à Internet com banda larga (e eventualmente gente a ajudar a ligar-se ao Second Life). Assistem a um stream de vídeo que tem origem no Second Life, provavelmente num écrã gigante na mesma sala. E o giro é que, independentemente da sala e do local do mundo onde se estão a ligar (pois podem-se ligar de casa, claro), estão todos na mesma conferência. Não se tratam de conferências sob o mesmo nome em instituições diferentes com temas mais ou menos parecidos, todos sob o “branding” SLactions. Não: é a mesma conferência, pois a fonte é só uma: o local central onde os oradores fazem as suas apresentações é no Second Life 🙂
Podem ir lá dar um saltinho ao NMC Conference Center, que gentilmente emprestou o espaço para este evento. O programa da conferência pode ser consultado aqui.
Ah, e claro, isto não seria notícia aqui no GETA se a ideia não fosse portuguesa e organizada por portugueses 😉