Qualquer utilizador do SL™ sabe que por todo o lado abundam os vícios, nomeadamente os jogos de azar. Representações de substâncias ilegais no RL são mais do que comuns, com scripts a condizer. Se há no SL™ algo que se pareça a uma droga dura, é a frenética actividade comercial que milhares de utilizadores empreendem, “desgraçando-se” a comprar todo o tipo de bens e serviços para os seus avatares. Para não falar no tempo que pessoas reais despendem na realidade virtual, quando poderiam estar a trabalhar para pagar impostos.
No mundo em que vivemos, tudo o que dá prazer é “ilegal, imoral ou engorda”, mas é sobretudo ilegal. Não falta quem planeie transpor “moralidades”, versão fiscal, para dentro do mundiverso SL™. Falharão. Não é possível proibir o jogo virtual, que vai das slot machines virtuais aos sploders, sem exterminar a galinha dos ovos de ouro. Isto porque quando um ambiente virtual é extinguido pelo estatismo selvagem (como se de uma galinha com postura áureo-disfuncional se tratasse) (que Allah Linden™ a acompanhe), a net reage como a hidra das lendas – surgem novos ambientes, novas “second lifes®”.
Por outro lado, como escreve Bernard de Mandeville em baixo, os vícios fazem parte da sociedade: dão-lhe o sal e a força moral. O Homem é um animal que gosta de se divertir. O Avatar, então, nem se fala. Quando se mata o drama da vida, mata-se a vida. Menos moralismos colectivistas, mais individualismo responsável. Get a (second) Second Life®!