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GETA interview – micael Allaert

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O micael Allaert é professor do curso de arquitectura da Universidade Católica Portuguesa. Utiliza o SL enquanto plataforma no ensino da arquitectura e na arquitectura, propriamente dita, e gostaria de integrar o SL no curso de arquitectura que lecciona e utilizá-lo igualmente em cadeiras de Multimédia.


1 – Como descobriu o Second Life e o que o motivou a criar uma conta?
Descobri o SL através de um familiar, que é um dos mais antigos utilizadores portugueses. Desde cedo despertou-me a curiosidade para as potencialidades que o SL tem para as minhas actividades profissionais, que são a arquitectura e o ensino.

2 – Muitas pessoas desistem do Second Life na primeira semana ou no primeiro mês pelos motivos mais variados sendo que o mais comum é não se saberem orientar. O que determinou a sua permanência no SL durante todo este tempo e o que o motiva a voltar dia após dia?
Por um lado, eu não tinha expectativas demasiado elevadas, por isso não sofri nenhuma decepção. Por outro, não me posso considerar um utilizador ferrenho do SL. Acompanho o que lá se passa, através de blogs, mas não passo serões on-line. Finalmente, a minha área de interesse encontra-se em franco desenvolvimento, pelo que todos os dias há coisas novas para aprender e gente nova para conhecer.

3 – Como ocupa o seu tempo no SL?
Ultimamente a maior parte do tempo é ocupado no desenvolvimento da ilha do curso de arquitectura da Universidade Católica Portuguesa. Este projecto tem-me tomado quase todo o tempo disponível.

4 – Alguma vez desistiu do SL? (Porquê?)
Não. Tenho alturas de menor intensidade de utilização, que se prendem principalmente ao facto de cada dia só ter 24 horas.

5 – O que mais lhe agrada mais e menos no Second Life?
Mais – A versatilidade. Por ser um ambiente aberto onde cada um pode ser quem quiser e construir o que quiser, torna-se uma ferramenta de comunicação e colaboração extremamente versátil.
Menos – Pequenas coisas, sem importância.

6 – Descreva-nos o seu percurso no Second Life.
O meu percurso tem sido pautado principalmente pelo trabalho que estamos a desenvolver na Universidade Católica. Todo os esforço tem sido dirigido no sentido de recolher e processar informação conducente ao uso da plataforma SL no ensino da arquitectura, e, por inerência, na arquitectura propriamente dita. As questões pessoais têm tido pouco peso no processo. Como ex-utilizador de IRC reconheço o potencial social da plataforma, mas a minha vida pessoal não me deixa tempo (nem vontade) para explorar essa faceta do SL.

7 – Relate-nos um episódio ou episódios caricatos que lhe tenham acontecido no Second Life.
Comovente. Quando andava à procura de uns óculos, perguntei a uma estranha onde havia comprado os dela. Ao saber o preço (300LD) desisti, mas ai essa pessoa ofereceu-me o dinheiro, out of the blue, sugerindo apenas que eu fizesse o mesmo qualquer dia a outra pessoa.

8 – O que é, para si, o Second Life: um jogo, um metaverso, um mundo virtual?
Uma plataforma colaborativa em ambiente tridimensional.

9 – Alguma vez teve problemas relacionados com a plataforma? Se sim, como o reportou e qual a sua opinião do feedback por parte da Linden Labs?
Tive vários problemas quando adquirimos a ilha, que coincidiu com o famoso episódio do CSI no SL, quando não havia real estate nem pessoal disponível. Esperámos cerca de um mês para nos atribuírem a ilha, e não havia maneira de contactar com ninguém para saber o que se passava. Frustrante.

10 – O que mudaria no Second Life?
O motor de modelação. Tornava-o mais flexível.

11 – De todas as possibilidades oferecidas pela plataforma e pela Linden Labs, conhece e utiliza todas as funcionalidades disponíveis?
Nem de longe.

12 – Quais são os seus projectos actuais e futuros no Second Life?
Neste momento, todos os meus esforços vão para a integração da plataforma no curso de arquitectura onde lecciono. Numa primeira fase, já neste semestre, desenvolvendo lá trabalhos com os alunos da cadeira de Multimédia. De futuro, motivando professores de outras cadeiras a se apoiarem também no SL.

13 – Daqui a 5 anos, o que será o Second Life? Consegue projectar a carreira do seu avatar nesse médio prazo?
Eu penso que a tecnologia subjacente ao Second Life irá sendo absorvida por outras áreas. A plataforma colaborativa em ambiente tridimensional irá substituir ou complementar gradualmente outros interfaces menos intuitivos. Nessa perspectiva, é minha esperança que o meu Avatar se vá integrando cada vez mais com a minha personalidade RL, e que me represente nas mais diversas situações on-line.

14 – Tem alguma sugestão de alguém que gostaria de ver entrevistado neste espaço?
Gostaria que entrevistassem os meus 4 alunos que têm desenvolvido a nossa ilha. Penso que a experiencia deles é extremamente interessante e relevante.
São o Pamelo Anderton (Paulo Melo), o PeSt Infinity (Fernando Silva), o Rafael Setsuko (Rafael Cordeiro) e o Hernandez Bimbogami (Fernando Vale).

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