relação e reacção ao SL®

mass media e SL

Após uns largos meses no metaverso, mantenho a opinião que para ser feita uma reportagem condigna sobre Second Life o jornalista deverá explorar o SL durante, pelo menos, um mês antes de se dedicar à investigação para o artigo. Uma das razões é não ser possível incorporar o processo de socialização em meia dúzia de dias pelo simples facto que irá ser produzida uma reportagem de newbie por ser essa a única experiência que se tem. Como em tudo, um artigo desta natureza requer trabalho prévio de investigação, de pesquisa e é mais fácil procurar o que se pretende analisar de dentro do SL. Obviamente que o artigo/reportagem/trabalho/estudo poderia ser realizado somente com observação não participante mas aí só se poderá dissertar sobre noções de metaverso e sobre as possibilidades que a plataforma permite mas sem conhecimento de causa. Dos artigos que por aí se tem publicado sobre o SL há uns melhores e outros piores. Há uns que explicam muita coisa e outros que resumem de mais. Há ainda aqueles que se limitam a entrevistar umas pessoas e a publicar as respostas.

É um erro crasso entrar no SL levando na bagagem todos as pré-noções e preconceitos (pré-conceitos) da vida do dia a dia. No entanto, mesmo levando essa bagagem, os novos residentes invadem o espaço alheio tão ou mais rapidamente que a velocidade da luz. (Reparem que espaço é um conceito muito amplo…) É importante entrar no SL sem bagagem porque todos os dias aprendemos e há que ter uma mente aberta a novas experiências e a diferentes maneiras de estar porque no SL cada um pode ser aquilo que quiser.

Se um jornalista escrever um artigo e publicar as suas fotografias com meros dias de SL, o que vamos ler e/ou ver não nos vai cativar e vamos ler mais uma reportagem que resume o SL e as suas pessoas a meras figuras que circulam num metaverso quase como simples peões num jogo de xadrez.

Excerto da Tema Second Life do Jornal de Letras:

A Ana Lutetia autoriza-me a entrar em casa dela. Está lá com uma amiga. Sentamo-nos no chão, em frente a uma fogueira. A temperatura está agradável. E vamos conversando. Tem uma historia tipica. Começou por se deixar fascinar por blogues e outros meios de comunicação na internet, inevitavelmente, foi dar ao SL. Só que na altura (2006) não havia lugar para os portugueses se encontrarem. E foi no telhado d’ O Caneco que combinaram comprar uma ilha. A Ana é model da Maria Gerhardi.

(Eu não tenho fogueiras na minha praia – onde conversámos sentados na areia.)
A primeira festa portuguesa está devidamente documentada aqui, a fundação do Caneco aqui e a decisão da compra da ilha aqui e aqui. Sobre a lista de amigos temos matéria aqui e aqui.

Após ler este excerto sinto-me tão mal resumida!